Mais da metade de tudo que descobri na vida, aprendi enquanto caminhava. Sentado, numa sala de aula, aprendi pouca coisa. Talvez algumas técnicas rudimentares de disfarce, enquanto tentava esconder dos professores de matemática, física e química as fórmulas que nunca se separaram de mim na hora dos antigos testes do ensino médio. Por isso, me surpreendi comigo mesmo ao constatar que em meu sexto dia de férias, no interior de Minas, tinha passado quase todo o tempo no sofá, tentando zerar Street Fighter Alpha com o Zangief, assistindo à ultima temporada de Lost e relendo Pergunte ao Pó, de John Fante.
Ao constatar tamanho lapso da razão, já há muito vencida pela preguiça, resolvi inverter a lógica proposta por Deus no Gênesis , e saí para fazer algum exercício no sétimo dia após o início do meu, até então, tedioso ócio ferial. Logo de manhã, calcei meu velho M2000, coloquei o Ipod para tocar infinitamente Walk on a Wilde Side, do Lou Reed e segui para o parque Recanto Verde com o mesmo espírito daqueles corredores alucinados do filme Carruagens de Fogo. Depois de cem metros de frenética corrida, já exausto, decidi diminuir o ritmo e ir andando mesmo. Meia hora depois chegava ao meu destino, tão cansado quanto Filípedes depois de correr a primeira maratona. Moribundo que estava, após o homérico esforço de caminhar dois quilômetros em meia hora, decidi recarregar as energias procurando sombra e água de coco. Enquanto rastreava o perímetro em busca das consolações citadas, avistei meu antigo professor de história da 8ª série. Nosso querido “Dom Isaías de la Mancha”, um genial sósia do Ray Conniff que ensinou a toda uma geração de futuros funcionários da Vale do Rio Doce que a história é algo que está acontecendo agora.
Isaías era uma pessoas daquelas que a gente imagina terem sido velhas desde sempre, bem ao modo de Oscar Niemeyer e Hebe Camargo. Sempre muito reservado, nunca o tinha visto falar fora das aulas. Enquanto alunos, pouco sabíamos sobre ele, apenas desconfiávamos de seu vício alcóolico. Sempre que ele cruzava os umbrais de nossa sala, ao ambiente era acrescentado um certo odor etílico meio uísque, meio cachaça, que de certa forma conferia uma estranha credibilidade às coisas ditas por ele. Eu o admirava bastante, mas nunca tive chance de dizer isso a ele. Agora ele estava ali a poucos metros, aparentemente sozinho, sentado na grama enquanto lia um volume sem capa, com uma lata de cerveja do lado.
Nunca fui bom em puxar papo, mas para minha surpresa, quando me aproximei ele foi logo me dirigindo um sorriso e dizendo “fala meu aluno”. Mandei o clássico “o senhor ainda lembra de mim?”, e aí a conversa correu solta. Falamos dos tempos gloriosos do Grupo Escolar Afonso Pena, da política viciada de Santa Bárbara e do nosso querido União Sport Club, campeão santa-barbarense daquela temporada. Me ofereceu uma de suas Guinness que jaziam, já não tão geladas, no isopor que o acompanhava. O assunto acabou. Eu já me despedia, quando lembrei de perguntar o que ele estava lendo. “O Guia do Observador de Nuvens”, respondeu-me muito animado. Na minha empáfia, alimentada pelo orgulho de ter conversado, como amigo, de um dos intelectuais que mais admirei na vida, proferi o lamentável comentário: “Que isso Isaías, um homem de sua envergadura filosófica, perdendo tempo lendo uma coisa inútil como essa?”. Mal tive tempo de fechar a boca, e ele deixou de ser meu amigo para voltar a condição de velho e bom mestre, para me passar a sua, talvez, derradeira lição. Dizia ele, “então você acha que observar nuvens é inútil? Vou lhe contar uma breve estória chinesa que fala sobre a utilidade das coisas”. E me contou uma parábola, que depois descobri ser do livro A Via de Chuang Tzu, compilação do monge pós-moderno Thomas Merton, que reproduzo agora.
Disse Hui Tzu a Chuang Tzu: "Todo o seu ensinamento está baseado no que não tem utilidade".
Replicou-lhe Chuang: "Se você não aprecia o que não tem utilidade, não pode começar a falar sobre o que é útil. Por exemplo, a terra é larga e vasta, mas de toda a sua extensão, o homem utiliza apenas algumas polegadas, sobre as quais se mantém de pé. Suponhamos, agora, que você tire tudo o que ele realmente não usa de modo que, ao redor de seus pés, um golfo se abra e ele fica de pé no vazio, sem nada de sólido, com exceção do que se encontra bem debaixo de cada pé. Por quanto tempo poderá utilizar o que está usando?"Disse Hui Tzu: "Cessaria de servir a qualquer finalidade".Concluiu Chuang Tzu: "Isto prova a absoluta necessidade do que ‘não tem necessidade’".
Depois de me contar isso, despediu-se e saiu caminhando vagaroso, olhando para o alto como que a tentar classificar as nuvens que via. De minha parte, voltei para casa pensando sobre como ainda não sei nada sobre essa vida. Saberei um dia? Saberemos? De volta ao meu sofá, liguei o computador , acessei o site da Livraria da Travessa e comprei o Guia do Observador de Nuvens. Obra fantástica, recomendo.
Pax Vobiscum amices,
Até a próxima!
SINGELO!
ResponderExcluir"Mais da metade de tudo que sei na vida, aprendi enquanto caminhava. Sentado, numa sala de aula, aprendi pouca coisa." Digo o mesmo, a gente aprenda da vida, vivendo. Aprende a ser forte, sofrendo...Aprende a não desistir, lutando. Gosto mtu de textos como o seu, que começam sem começo, sabe...sem aquela de: um dia, ou em algum lugar...
ResponderExcluirestou te seguindo. Um abraço, M!sunderstood
prosa que vai, vai... leve e intrucada, meio rebuscada, meio aqueles versos de pé quebrado, de quando descobrimos o pouco que sabemos...
ResponderExcluirestou te seguindo pq gostei de teu texto, muito.
desejo sucesso!
olá,
ResponderExcluirboa tardebom texto, estou te seguindo, escreve muito bem
abraço
Olá! Muito legal a sua crônica e o modo como você explica o leitor que não devemos nos fechar diante das novidades que a vida oferece. Mais legal ainda é esse ensinamento de que a vida, de um modo geral, pode ensinar tanto quanto a sala de aula.
ResponderExcluirAbraço,
http://cafecomnoticias.blogspot.com
Aprendemos em movimento. Caminhando, correndo, caindo. Adorei o teu texto,rapaz. Abraço
ResponderExcluirnao cheguei a ler todo
ResponderExcluirmais gostei
pra dizer a verdade so gosto de ler livro
esses textos de blog nao
show de bola, to te seguindo tbm, abraços e sucesso
ResponderExcluirO seu texto instiga a leitura, é bom, faz bem.Não há hermetismos;e, por ter gostado tanto vou seguí-lo.
ResponderExcluirUm abraço.
É Adriano, a vida muitas vezes nos ensina muito mais do que qualquer sala de aula ou curso. Mas o melhor sempre é ter um equilíbrio.
ResponderExcluirO texto é bom e realmente agente sabe muito pouco sobre essa vida e com certeza nós morreremos ainda sem saber praticamente nada.
ResponderExcluirhttp://projetosdeumlouco.blogspot.com/
Bela crônica, bem escrita, gostosa de ler!
ResponderExcluirSeu texto é um bom exemplo de que tudo é útil,se bem usadas ou entendidas.
Parabéns pelo blog.
www.anjoguerreirodeluz.blogspot.com
É difícil conhecer tudo, o mais fácil é tentarmos nos conhecer primeiro.
ResponderExcluirEstou feliz de ter conhecido seu blog,
ResponderExcluiradorei seu jeito de escrever e curti muito o texto,parabéns...
Te seguindo...
http://cnavega.blogspot.com/
Nossa adorei! *-----*
ResponderExcluirSério, se for de autoria sua ta de parabéns porque esá muuuito bom =)
:)
ResponderExcluirHá momentos em nossa que nos ensinam muito mais que muitos livros...
a vida é cheia de detalhes que podem se tranformar em aprendizado, mas só percebemos isso depois que tudo passa
Concordo que caminhando (que entendi como "vivendo") se aprende muito mais que sentado numa sala de aula. Muito mais! E olha que sou professora.
ResponderExcluirGostaria de encontrar alguns professores que tive. Mas nem sei se tomaria a iniciativa de sequer andar em suas direções.
Eu já desconfiava que as coisas ditas inúteis são fundamentais! hahahaha
O meu tipo preferido de crônica, cheia de comparações, metáforas e referências. Tudo bonitinho (:
ResponderExcluirSobre as coisas efêmeras e inúteis da vida, acho que é bem isso mesmo. Encaro o aparentemente inútil de hoje como o superútil de amanhã. É tudo uma questão de ponto de vista!
Abraços e passa lá no meu blog quando puder:
http://www.senhor-do-tempo.blogspot.com/
concordo com o Marcos (comentário anterior)gostei muito do texto e do blog no geral....voltarei sempre ...
ResponderExcluirabs
Primeiramente, você escreve muito bem.
ResponderExcluirAdorei a forma como você faz citações de músicas, obras,pessoas e filmes.
Quanto a sua pergunta final, eu acho que nunca saberemos o suficiente...
É sempre tempo pra aprender!!!
Fiquei curiosa pelo livro, vou procurar ler.
beijos e amei seu blog, do nome até o texto!
se puder passa lá:
http://odiariodemariana.blogspot.com
Gosto desse tipo de texto: detalhado e sem pressa, onde as informações simplesmente fluem.
ResponderExcluirTemos isso de precisar do inútil, até mesmo porque vagamos pela vida tentando, a todo custo, revertê-lo. Essa parecia uma das grandes funções/ocupações humanas; e eu não discordo disso. Valorizar o ócio e o inusitado faz parte do ser.
Aprendemos cientificamente na escola e verdadeiramente na vida diaria junto com o crescimento das coisas...
ResponderExcluirPassa lá tbm... ;)
http://estigmaangel.blogspot.com/
"Aprende a ser forte, sofrendo...Aprende a não desistir, lutando." Ameei !
ResponderExcluirAh, gostei bastante do teu jeito de escrever. Essa prosa que vai levando a gente sem ver. Quando menos percebi ja tinha lido como se estivesse escutado uma historia! Muito gostoso de ler. Parabéns! Beijos
caminhando e cantando e seguindo a canção
ResponderExcluirmuito interessante como a vida nos ensina nos momentos menos esperados
ResponderExcluirCostumo dizer que sou muito atento aos famosos "pequenos detalhes". Gosto de ler as "letras miúdas", e principalmente, presto atenção em coisas banais. Isso porque percebi desde cedo, que as pessoas não se dão conta que é nos mínimos gestos, que elas demonstram quem verdadeiramente são. Você consegue criar um grande cenário, uma grande atmosfera sobre si, tal qual um ilusionista, que distrai a platéia enquanto prepara a grande mágica com gestos quase que imperceptíveis. Sou como o observador de nuvens...hehehehehehehe
ResponderExcluirhttp://estacaoprimeiradosamba.blogspot.com/
Acho que nunca saberemos nada sobre a vida como um todo, porque o que é importante para a minha vida, talvez não tenha importancia nenhuma para a sua, e assim cada um faz um pouco de coisas que talvez lá na frente faça com que nossas vidas se cruzem por breves ou lingos momentos, talvez até pelo resto da vida, ou talvez passe despercebido...
ResponderExcluirPor exemplo, o que vc sabe sobre como tratar o esgoto da sua casa? Eu sei apenas que ele é tratado, mas e o cara que fez a rede de esgotos, que trabalhou ali, e o cara que bolou onde seria tratado e o cara que trabalha lá na estação de tratamento, e o cara que é pescador no rio onde eessa água depois de limpa é jogada, e o cara que trabalha fazendo fogões, que talvez deteste peixe, mas o peixe desse pescador vai ser preparado num fogão que esse cara fez... E o cara que vende o gás, e o que tira o gaz lá na usina????
Rapaz... não sabemos nada da vida, mas cada um sabe um pouco...
Acho que vc não entendeu nada do que eu quis falar né? Hahahahahahahahahha, passa lá no meu blog depois pra conhecer!
Embora a escola seja necessária, tem coisas que só a vida ensina. E isso não tem como contestar.
ResponderExcluirMuito bom o texto!
Abraço e sucesso com o blog.
ho bem legal bastante criativo parabens pelo blog
ResponderExcluirhttp://planetahuumor.blogspot.com/
Nossa, como vc escreve bem. Vc é um ótimo escritor. Bjs
ResponderExcluirNossa, seu blog é perfeito, a melhor coisa que li hoje. Parabéns !
ResponderExcluirwww.sonhadora-simples.blogspot.com
Realmente eu também não tenho aprendido nada nesses últimos anos, a não ser a arte da boemia. O que aliás faço muito bem. Estou lendo "O boca do Inferno", de Ana Miranda(recomendo) e "discurso sobre a origem da desigualdade", de Jean Jacques Russeau. Gosto de admirar o que é inútil, pois até mesmo aquele colega que não fala nada que se aproveite pode nos ensinar sempre alguma coisa.
ResponderExcluirRealmente inspiradores seus pensamentos.
ResponderExcluirSeguindo!
adorei essa postagem, sua escrita me surpreendeu, parabéns!
ResponderExcluirO que é inútil para alguns é útil para muitos...
ResponderExcluirQuantas vezes vemos 'pessoas' desperdiçando água lavando a calçada. Enquanto tantas pessoas não possuem água decente para beber e morrem de sede...
Quantas vezes vemos pessoas comprando pares e mais pares de sapato, enquanto alguns queriam ter apenas os pés...
Muito boa dica...Vou tentar achar esse livro...
interessante o seu blog, ja to seguindo, abraco. ah se quiser pode seguir o meu tbem.. valeu
ResponderExcluirmuito legal seu texto salvei ele aqui no meu pc
ResponderExcluir(coloquei creditos rrsrsr)
continue assim irmão que vc terá sucesso
Que engraçada que é a vida... Uma caminhada te levou a rever seu ex-professor, começar uma prosa com ele e findar com uma história sobre a importância das coisas inúteis. Bacana! Acho que anotarei o nome do livro aqui e procurarei por ele. Fiquei curiosa e interessada :)
ResponderExcluirSaudações!
Sócrates já sabia disso qdo disse: "só sei que nada sei". Prá alcançar o conhecimento,devemos nos dar conta de que somos ignorantes. E somente na descoberta de nossa própria ignorância, poderemos nos lançar na busca do conhecimento.
ResponderExcluirMais um texto excelente, Adriano!
Um abraço.
Lendo meu chapa, isso é que quero para meu blog!
ResponderExcluirDeixa o Immanuel de lado!
Uau é o que me veio a cabeça ao ler o texto, me impressionou ... parabens... Te espero no Change Feelings
ResponderExcluirQuanto conteúdo por aqui, hein!? Tamanha intensidade nas palavras, essenciais para a vida.
ResponderExcluirVocê me faz refletir e vivenciar, somente no pensamento e graças a visualização das imagens através dos seus textos, o que é comum a todos nós.
Muito obrigado!
Fiquei extremamente curioso para ler o "Guia". Ficará em minha listinha!
Aproveito para agradecer sua visitinha e comentário lá no Seu Anônimo. Valeu, mesmo!
Forte abraço,
Fernando Piovezam
seuanonimo.blogspot.com
Ah! Quanto a sua indagação ao final do texto, penso que, quanto mais descobrimos, mais não compreendemos.
ResponderExcluirChegaremos à máxima: "Só sei que nada sei!"
Um abraço,
seuanonimo.blogspot.com
andando, errando, deitada... de várias formas e maneiras aprendi alguma coisa e continuo aprendendo... parabéns pelo blog, show!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirhttp://seenovidadeeuquero.blogspot.com
gostei do "ritmo" utilizado e a forma como as palavras vão dando contornos bem interessantes ao texto...parabéns
ResponderExcluirAdorei o texto e o título é apaixonante!!!
ResponderExcluirVirei sempre aqui!!!
Bjo!
QUE DELÍCIA DE CRÔNICA, ADOREI...Serve para refletir um pouco sobre certos sedentarismos...rs
ResponderExcluirOi Adriano...
ResponderExcluirAcho que a maioria das pessoas realmente nao veem a vida por esse angulo. Eu mesma já me desfiz de varios pensamentos achando-os inuteis demais e agora vejo que devo ter me desfeito de coisas importantes sem me dar conta.... vai fazer falta um dia.
(Eu nao sei o que acontece, seu blog nao atualiza na minha pagina... sempre visito e comento os blogs que sigo, pois se sigo é porque os acho interessantes e "uteis", mas as vezes passo longos tempos sem vir aqui pq acho que nada de novo acontece... isso só acontece com o "Banquete"... por que será???)
Beijosss
Que história ótima Adriano! Lendo me tornei você ali.
ResponderExcluirDiante da nossa mortalidade nada tem maior importância. Nos tornamos arrogantes, selecionamos o que tem mais valor e deixamos infinitas coisas passarem quando esquecemos que somos mortais. O que é quase sempre. rs
Uma pergunta: e o seu trabalho com agrofloresta no sertão?
ResponderExcluirFiquei curiosa, pois estou me envolendo em projeto de agrofloresta na na mata atlântica...
Nossa, adorei este texto! Vou passar aqui mais vezes para ler outros!
ResponderExcluirMe faça uma visitinha!
abraços
É...e pensar que vivemos no mundo dos utilitários que se tornam inúteis em pouco tempo...
ResponderExcluirAbraços
Otimo texto, é uma leitura recomendada.
ResponderExcluirAcaba que sabemos muito pouco dessa vida e quando ela chega ao fim ainda acabamos sem saber quase nada.
;D
O texto é excelente mas seu primeiro parágrofo ficou maravilhoso ... lindas palavras
ResponderExcluirMuito bom a maneira que você escreve. o Sétimo dia foi bem proveitoso( claro que os outros seis de criação com Street Fighter -com zangief é um bom feito- e o querido John Fante. Não foram ociosos em vão. Mas esse seu aprendizado com o antigo professor é tão valido.
ResponderExcluirMe veio na cabeça a frase:" o que seria de nós sem as coisas que não existem?"
vou procurar este livro
http://umcontoemeio.blogspot.com/
Tomei um susto quando comecei a ler esse texto, porque ele me era familiar. Revendo a postagem percebi que já é antiga, e mais, que já comentei nela...hehehehehehhee... Esse texto, acredite, foi tão marcante, que como disse, ao começar a ler, tive a sensação de que era cópia ou algo do gênero, de algo que eu realmente já tinha lido.
ResponderExcluirhttp://estacaoprimeiradosamba.blogspot.com/
Outro post do qual saio enamorada. Martha Medeiros simboliza essas delícias inúteis com almofadas: não precisamos, precisarmente falando. Também não precisamos de açúcar, suco, colares e joaninhas. Mas o que nos restaria sem eles senão uma vida horrivelmente substantiva? Beijos e muito sucesso! Inutilidades felizes!
ResponderExcluirGeralmente o que buscamos de fora para dentro é inútil para nossa evolução.
ResponderExcluirTirar coisas boas de dentro de si para ofertar ao mundo é o princípio da sabedoria.
O que vem de fora para dentro é conhecimento, e o que sai de dentro para fora é sabedoria.
Assim foi com os profetas e os grandes filósofos.